A equipe de transição do presidente eleito Donald Trump está preparando uma lista de países para onde migrantes indocumentados podem ser deportados quando seus países de origem se recusarem a aceitá-los, informou a NBC News. Segundo fontes, os países incluídos até agora são Turks e Caicos, Bahamas, Panamá e Granada. A medida busca acelerar as deportações e contornar obstáculos legais relacionados a migrantes de nações que não cooperam com os EUA.
O plano ainda está em desenvolvimento, e detalhes importantes, como as condições sob as quais os migrantes poderiam viver nesses países, não foram esclarecidos. No primeiro mandato de Trump, uma iniciativa semelhante enviou migrantes para a Guatemala, mas em escala limitada e com forte oposição de organizações como a ACLU (American Civil Liberties Union), que considera a política arriscada para os solicitantes de asilo.
O governo também está pressionando o México a aceitar voos de deportação de migrantes não mexicanos, e há rumores de que ameaças econômicas, como tarifas, podem ser usadas para obter cooperação. Segundo a NBC, a meta do governo é deportar os migrantes em até uma semana após a detenção, o que destaca a intenção de Trump de ampliar sua política de imigração já em janeiro de 2025.
Especialistas alertam que, embora a medida possa acelerar deportações, ela pode gerar tensões diplomáticas e levantar questões legais e humanitárias. Ainda não há resposta oficial dos governos dos países mencionados sobre a aceitação de migrantes deportados, mas o Panamá já indicou que só discutirá o tema diretamente com o novo governo dos EUA após a posse.
