A Walt Disney Company concordou em pagar 43 milhões de dólares para resolver um processo judicial que alegava que a empresa pagava menos para funcionárias do que para colegas homens em cargos semelhantes, durante quase uma década. O acordo, fechado na segunda-feira, é resultado de uma ação movida em 2019 por LaRonda Rasmussen, que alegou ter descoberto que seis homens com o mesmo título de emprego ganhavam substancialmente mais do que ela, incluindo um homem com menos experiência, que recebia 20 mil dólares a mais por ano. Cerca de 9 mil mulheres, tanto ex-funcionárias quanto atuais, se juntaram à ação.
A Disney, uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, argumentou que sempre se comprometeu a pagar seus empregados de forma justa e que tem demonstrado esse compromisso ao longo do processo. Em comunicado, a empresa declarou estar satisfeita por ter resolvido o caso, destacando que uma revisão interna de suas políticas salariais em 2022 revelou que as mulheres ganhavam 99,4% do que os homens recebiam, contestando a alegação de discriminação sistêmica.
O acordo inclui também medidas para evitar futuras desigualdades salariais. A Disney será obrigada a contratar um economista especializado em trabalho para analisar a equidade salarial entre seus empregados em tempo integral e não sindicalizados, abaixo do nível de vice-presidente, por três anos. Além disso, a empresa terá que corrigir as diferenças identificadas.
Embora o acordo precise da aprovação de um juiz, a decisão foi celebrada por defensores dos direitos das mulheres, como Lori Andrus, sócia de um dos escritórios de advocacia envolvidos, que elogiou as mulheres que trouxeram o caso à tona, destacando o risco que elas correram para expor a desigualdade salarial em uma das maiores empresas de entretenimento do mundo.