Na manhã desta segunda, 18, o Brasil anunciou a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, durante reunião da Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro. A iniciativa lançada no primeiro dia da reunião teve a adesão de 81 países até o momento, o que representa que um de cada quatro países do mundo o adotaram. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um aporte de $ 25 bilhões, e ao todo nove instituições financeiras aderiram à aliança. Os empréstimos serão destinados a projetos na América Latina e no Caribe.
Ao aderir à aliança os países se comprometem a reduzir a fome e a pobreza — a maioria, no âmbito nacional. Algumas nações também prometeram conceder recursos para auxiliar na implementação de políticas públicas em regiões em desenvolvimento, como é o caso da Noruega.
O governo brasileiro acredita que os compromissos expandirão programas de transferência de renda para 500 milhões de pessoas, bem como novos programas de merenda escolar que atingirão mais 150 milhões de crianças. Há ainda a expectativa com relação à novos programas de saúde materna e primeira infância que atenderiam 200 milhões de mulheres e crianças.
Os projetos anunciados pelos países visam, na maioria, aumentar o número de pessoas em programas sociais, expandindo iniciativas nacionais que já estão em curso. Outros querem criar projetos a partir da experiência de países membros da Aliança, como o Brasil.
Os indicadores ligados à fome e à pobreza no mundo vinham em queda, mas voltaram a subir pouco antes da pandemia. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), em 2005 havia 798 milhões de pessoas com fome. Até 2017, o número caiu para 541 milhões, mas voltou a crescer progressivamente, chegando a 733 milhões em 2024.