No comício de ontem, 30 de outubro, em Wisconsin, Donald Trump afirmou que vai “proteger as mulheres, gostem elas ou não”. Ele mencionou que seus assessores o aconselharam a evitar essa frase, chamando-a de “inapropriada”. Durante o evento, Trump criticou a administração Biden-Harris, acusando-a de “importar criminosos” que ameaçariam a segurança de mulheres e crianças no país.
Apesar dos alertas de sua equipe, Trump insistiu na importância de proteger as mulheres, destacando essa proposta em seu discurso. Esse posicionamento chega em meio a preocupações de eleitores sobre a atenção da campanha de Trump a temas predominantemente masculinos.
A campanha de Kamala Harris criticou a declaração, tratando-a como uma questão de direitos reprodutivos e autonomia feminina e levantando dúvidas sobre o impacto de um segundo governo Trump para as mulheres.
Uma pesquisa da CBS News, divulgada em outubro, mostra uma diferença de gênero crescente entre eleitores, com muitas mulheres apoiando a vice-presidente Kamala Harris, que tem uma vantagem de 10 pontos entre elas. Enquanto isso, 40% das mulheres registradas dizem que a campanha de Trump está focada demais nas preocupações masculinas, e 56% acham que ele deveria dar mais atenção às questões femininas.
Lideranças republicanas também reagiram. A ex-embaixadora Nikki Haley, que participou das primárias, alertou para a relevância do voto feminino. Em 29 de outubro, a ex-deputada republicana Liz Cheney incentivou as mulheres a votarem conforme suas próprias convicções, sugerindo que muitas poderão fazê-lo de forma silenciosa, mas decisiva, nas eleições.