País enfrenta um déficit de 1 milhão de toneladas de alimentos
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) anunciou nesta quarta-feira, 28, a sua preocupação com a Coréia do Norte, onde as autoridades disseram que o país enfrenta um déficit de 1 milhão de toneladas de alimentos, e revelou sua intenção de recolher mais ajuda para o país.
“Estamos dispostos a aumentar a assistência alimentar aos norte-coreanos”, disse nesta quarta-feira Tony Banbury, diretor regional para a Ásia do PMA. Ele deu uma entrevista coletiva em Pequim após uma viagem à Coréia do Norte, na qual analisou as operações da organização no país.
“As autoridades do governo mostraram uma nova abertura para um aumento da ajuda à Coréia do Norte através do PMA”, disse Banbury, que visitou o país de 22 a 27 de março.
Ele explicou que atualmente a ajuda só chega a 700 mil das 6 milhões de pessoas que, segundo calcula, têm graves necessidades no isolado regime stalinista.
O PMA revelou que houve uma “grande redução” dos doadores em 2002, ano em que começou a crise nuclear na Coréia do Norte, e uma “grave queda” em 2006, quando a tensão chegou ao seu auge.
As 900 mil toneladas de alimentos doados em 2001 caíram para 350 mil, e em 2006 apenas 20 mil, 75% a menos que no ano anterior.
Doadores tradicionais como os EUA, Coréia do Sul e Japão retiraram sua ajuda, mas Banbury não quis especular sobre motivos “políticos”.
Os principais doadores atuais para os programas da PMA na Coréia do Norte são Rússia, Suíça, Austrália, Dinamarca, Cuba e Itália, acrescentou.