Duas partidas com estádios lotados definiram os finalistas da Copa do Brasil. Aliás, as datas das finais também já estão determinadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF): dias 3 e 10 de novembro. Na quinta-feira (24). Um sorteio na sede da CBF definirá os mandos das partidas entre Atlético-MG e Flamengo.
As semifinais tiveram dois capítulos. O primeiro deles foi mostrado no sábado (19) em São Januário, no Rio de Janeiro. Depois de ter sido derrotado por 2 a 1 pelo Galo em Belo Horizonte, o Vasco da Gama tinha como missão reverter o resultado para obter a classificação para as finais.
E a torcida vascaína vibrou no primeiro tempo quando Vegetti abriu o placar em cobrança de penalidade máxima após Otávio ter colocado a mão na bola dentro da área. Nem mesmo a forte chuva que castigou o Rio de Janeiro tirou o entusiasmo dos torcedores.
Quanto tudo se encaminhava para uma decisão por pênaltis, surgiu a genialidade de Hulk que acertou um petardo de esquerda no ângulo do goleiro Leo Jardim, empatando o jogo e definindo a passagem do Atlético-MG para as finais.
O segundo capítulo teve como cenário a Neoquímica Arena. Depois de ter derrotado o Corinthians no Maracanã, no domingo anterior, por 1 a 0, com o gol de Alex Sandro, o Flamengo foi a São Paulo e garantiu a classificação depois de um empate heroico em 0 a 0.
Mas, por que uso o adjetivo heroico? Simplesmente por ter assistido a uma partida na qual os jogadores do Rubro-Negro carioca foram de uma entrega fenomenal depois de Bruno Henrique ter sido expulso aos 30 minutos do primeiro tempo pela agressão involuntária a Mateusinho.
A fim de conter a pressão corintiana que viria com a vantagem de um jogador a mais e o alarido da torcida, Filipe Luís fez uma substituição inusitada. Ele tirou Gabigol e colocou em campo o zagueiro Fabrício Bruno. E a troca funcionou. Com uma marcação intensa, o time carioca pouco permitiu ao ataque corintiano e segurou o 0 a 0 até o final e saiu de São Paulo com a vaga carimbada.
Todos jogadores se entregaram bastante, mas três se destacaram: o goleiro Rossi, que fez duas defesas fundamentais e soube esfriar o jogo; o lateral Wesley, que mostrou uma versatilidade incrível marcando presença em todos os lugares do campo; e Gerson, talvez o melhor jogador em atividade no Brasil. O meia ditou o ritmo da partida, distribuiu passes e marcou adversários, sempre com muita efetividade. Além deles, Pulgar e Arrascaeta também foram importantes.
Do lado corintiano, faltou inspiração ao técnico Ramon Diaz e aos seus atletas que não souberam sair da armadilha do adversário e criaram poucas chances, com as raras oportunidades sendo neutralizadas por Rossi. Agora, o Corinthians se prepara para disputar uma das semifinais da Copa Sul-Americana, enfrentando o Racing em casa na quinta-feira (24). Além desta outra decisão, o Alvinegro paulista precisa se preocupar com o Brasileirão, onde o Corinthians está na zona de rebaixamento.
Agora, os dois finalistas vão se preparar para as finais e tudo se prenuncia como embates acirrados entre duas equipes que têm muitos jogadores talentosos e a taça certamente ficará em boas mãos, seja campeão o Galo ou o Flamengo – aliás, o Rubro-Negro chega à terceira final consecutiva da Copa do Brasil, sendo campeão em 2022, nas finais contra o Corinthians e vice contra o São Paulo.