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Nova era da energia nos EUA: expectativa de preços em queda

Alívio virá nos custos de petróleo e gás, enquanto se destaca a necessidade de acelerar investimentos em energia limpa

A demanda por combustíveis fósseis deve atingir seu pico até o final da década, tornando a transição para energia limpa crucial para o meio ambiente e a economia. Foto: Freepik

Uma boa notícia para quem está cansado das contas de energia nas alturas é que a Agência Internacional de Energia (IEA) prevê que os preços do petróleo e do gás natural devem cair nos próximos cinco anos. Isso vem como um alívio após os aumentos massivos que aconteceram desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e o aumento da demanda global com a reabertura das economias após a pandemia.

O diretor da IEA, Fatih Birol, destacou que essa mudança de cenário pode ajudar os consumidores que sofreram com os preços exorbitantes. Mas apesar da previsão otimista, a IEA também alerta sobre a necessidade de acelerar a transição para fontes de energia limpas.

O relatório enfatiza que essa mudança não é apenas essencial para combater a crise climática, mas também fundamental para garantir a segurança energética global, que tem sido ameaçada por tensões geopolíticas. Birol mencionou que, se os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia não afetarem a produção, a oferta de petróleo e gás deve aumentar.

Os preços futuros do gás natural na Europa, que já haviam atingido patamares exorbitantes, estão agora em níveis bem mais baixos do que os recordes de 2022, mas ainda acima dos níveis pré-pandemia. Por outro lado, os preços do petróleo Brent estão se aproximando dos valores antes da Covid, embora tenham subido recentemente devido a conflitos na região produtora de petróleo.

A IEA também prevê um “excesso” de oferta de petróleo e gás natural liquefeito nos próximos anos, especialmente com o aumento da produção nos EUA e no Catar. Essa nova dinâmica de mercado pode criar um ambiente mais favorável para os consumidores, que podem encontrar melhores preços.

Entretanto, a agência reforçou que as ações dos governos são cruciais para que essa redução de preços ajude na luta contra as mudanças climáticas. A previsão é de que a demanda por combustíveis fósseis alcance seu pico até o final da década, mas ainda há um longo caminho a percorrer para atingir as metas de emissão zero. O relatório sugere que investir em energia limpa não apenas é vital para o meio ambiente, mas também economicamente vantajoso a longo prazo.

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