O governo Biden endureceu a proibição de asilo na fronteira EUA-México para mantê-la em vigor por mais tempo, disseram autoridades do Departamento de Segurança Doméstica (DHS) dos EUA na segunda-feira (30), sinalizando o desejo de conter ainda mais as travessias ilegais.
A mudança, que entrou em vigor no dia 1º de outubro, manteve as restrições de asilo em vigor até que as prisões de imigrantes que cruzam ilegalmente caiam abaixo de uma média diária de 1,500 em 28 dias, prolongada em relação ao atual período de sete dias, disse uma das autoridades em uma teleconferência com repórteres.
O presidente democrata Joe Biden emitiu a proibição de asilo em junho para reduzir o número recorde de imigrantes pegos cruzando ilegalmente. A imigração é uma das principais questões dos eleitores no período que antecede a eleição de 5 de novembro, que está colocando a vice-presidente Kamala Harris contra o republicano Donald Trump, um linha-dura da imigração.
Harris apóia tornar a proibição ainda mais difícil de suspender, informou a Reuters na semana passada, mas o governo Biden não adotou sua proposta.
As autoridades de fronteira dos EUA apreenderam cerca de 54 mil imigrantes em setembro até o momento, uma queda acentuada em relação ao pico de 250 mil em dezembro, disse um funcionário do DHS (Departamento de Segurança Doméstica).
Uma média diária de 1,500 em 28 dias representaria um total de 42 mil imigrantes nesse período.
Como parte das mudanças na proibição de asilo, todas as crianças desacompanhadas pegas cruzando ilegalmente são contabilizadas na contagem usada para decidir se as restrições podem ser suspensas. Anteriormente, apenas crianças do México e do Canadá eram contadas.
A abordagem mais rígida “garante que a queda nos encontros seja uma diminuição sustentada” e não esteja vinculada a tendências de curto prazo, disse um funcionário do DHS, falando sob condição de anonimato.
Grupos de direitos dos imigrantes liderados pela União Americana pelas Liberdades Civis (ALCU) processaram a proibição de asilo, argumentando que ela vai contra a lei de asilo dos EUA e se assemelha a uma proibição de Trump bloqueada no tribunal.
