Estados Unidos

Califórnia proíbe corantes prejudiciais em alimentos escolares

Com um público escolar que atende mais de 6 milhões de estudantes, lei da Califórnia pode ter impacto significativo na saúde infantil.

A Califórnia deu um passo importante para proteger a saúde das crianças ao aprovar a nova lei que proíbe seis químicos ligados a problemas comportamentais, incluindo o red dye No. 40. Assinada pelo governador Gavin Newsom, a lei entrará em vigor em 31 de dezembro de 2027, tornando a Califórnia o primeiro estado a impor tais restrições aos alimentos servidos nas escolas públicas.

Conhecida como a California School Food Safety Act, a legislação proíbe o uso de corantes e aditivos artificiais específicos em alimentos e bebidas para alunos da educação infantil até a high school. Isso inclui itens populares como cereais, sorvetes e doces. A lei foi promovida pelo deputado Jesse Gabriel, que enfatizou a preocupação sobre corantes alimentares sintéticos, que têm sido associados a dificuldades de aprendizagem e problemas de atenção, especialmente em crianças com TDAH.

Apesar de o FDA afirmar que a maioria das crianças não apresenta efeitos adversos por causa desses corantes, especialistas argumentam que as pesquisas sobre o tema estão desatualizadas. Gabriel e os apoiadores do projeto, incluindo o Environmental Working Group (EWG), destacam que as novas pesquisas sugerem riscos potenciais, o que justifica a necessidade urgente de ação legislativa. O sistema público de escolas da Califórnia atende mais de 6 milhões de crianças, e essa lei pode ter um impacto significativo na saúde infantil.

A lei gerou debate: enquanto apoiadores argumentam que ela vai melhorar o bem-estar dos alunos, críticos como John Hewitt, da Consumer Brands Association, alertam que isso pode resultar em custos e confusão para famílias e escolas. No entanto, Gabriel acredita que os benefícios, como a queda na interrupção em sala de aula e o apoio ao aprendizado dos alunos, podem economizar dinheiro.

Essa mudança alinha a Califórnia com a União Europeia, onde corantes semelhantes exigem rótulos de advertência a potenciais riscos à saúde. Gabriel ainda afirma que o objetivo da lei é incentivar os fabricantes de alimentos a ajustarem as suas receitas, oferecendo esses produtos sem os tais químicos prejudiciais.

Para os pais, os especialistas recomendam verificar os rótulos dos ingredientes e optar por alimentos orgânicos certificados pelo USDA, que não contêm corantes artificiais. Incentivar as crianças a escolher frutas e vegetais coloridos também ajuda a promover hábitos alimentares mais saudáveis.

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