Cerca de 10 mil trabalhadores de 25 hotéis nos Estados Unidos entraram em greve por melhores condições de trabalho. Eles alegam que, desde que cortes foram feitos durante a pandemia de Covid-19, os hotéis não contrataram novos funcionários, sobrecarregando os atuais. Além disso, eles afirmam que as redes hoteleiras como – Marriott, Hilton e Hyatt Hotels – declararam lucros exorbitantes, enquanto pagam o mínimo para recepcionistas, motoristas, gerentes e camareiras.
O movimento é liderado pelo sindicato da categoria, que informou que a greve está sendo realizada em Massachusetts, Havaí, Connecticut, Califórnia, Maryland e Washington.
Em Connecticut, funcionários do Hyatt Regency Greenwich usaram faixas e cartazes pedindo para serem “respeitados” e dizendo que “um trabalho deveria ser suficiente”, insinuando que têm que trabalhar em um segundo emprego para conseguir pagar as contas no final do mês.
“Depois da pandemia, eles simplesmente lavaram as mãos. Eles só querem ganhar dinheiro e economizar dinheiro, mas não querem dar nada para os empregados”, reclama Francisco Tobias, que trabalha na rede hoteleira há 30 anos.
A presidente do sindicato Unite Here, Gwen Mills, disse que a indústria hoteleira está tendo lucros recordes. “Os empregados mal estão conseguindo viver nos grandes centros e as horas de trabalho estão insanas. Nós não vamos aceitar este ‘novo normal’ no qual somente os hotéis ganham”, disse.
O Hyatt hotel disse por meio de seu porta-voz que está disposto a negociar. “Estamos prontos para negociar contratos justos e reconhecer o valioso trabalho de nossos funcionários”.