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Tragédia em Vinhedo: investigação segue com identificação de corpos e análise de dados

Em resposta ao acidente, a Voepass declarou que a aeronave estava em conformidade com todas as exigências regulatórias e de segurança

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) encerra nesta segunda-feira (12) as atividades no local da queda do avião que resultou na morte de 62 pessoas em Vinhedo, São Paulo. A fase atual do trabalho investigativo será substituída pela análise detalhada dos dados coletados. De acordo com o Cenipa, o próximo estágio da investigação envolverá a revisão das atividades relacionadas ao voo, do ambiente operacional, dos fatores humanos e uma análise minuciosa dos componentes e sistemas da aeronave. A previsão é de que um relatório preliminar sobre as causas do acidente seja divulgado em 30 dias.

No domingo (11), o Cenipa anunciou a conclusão da extração de dados das duas caixas-pretas do avião. A retirada da aeronave do local de acidente ocorrerá após a liberação dos investigadores e autoridades policiais para iniciar o trabalho de limpeza e reparação dos danos, responsabilidade que recairá sobre a Voepass.

O comunicado do Cenipa destaca que a Voepass será responsável pelos custos de higienização do local e dos destroços, com o objetivo de evitar prejuízos à segurança e ao meio ambiente. Em relação à liberação dos corpos das vítimas, o Governo de São Paulo informou que liberaria oito corpos para as famílias ainda no domingo. Até o momento, 12 vítimas foram identificadas e um corpo já foi liberado.

O acidente, que ocorreu na sexta-feira (9), envolveu um avião da Voepass que caiu após uma curva brusca. A aeronave, que voou por 1 hora e 35 minutos sem problemas antes do acidente, despencou de uma altitude de 4 mil metros em cerca de um minuto e explodiu ao atingir o terreno de um condomínio residencial. A causa exata da queda ainda está sob investigação, mas a descida em espiral sugere um possível estol, condição em que a aeronave perde a sustentação.

O Instituto Oscar Freire, próximo ao IML Central, acolheu mais de 40 famílias de vítimas, enquanto outros 17 familiares foram atendidos em Cascavel (PR). O Instituto Médico Legal (IML) Central, com uma equipe de cerca de 40 profissionais, está dedicando esforços ao atendimento do caso.

Em resposta ao acidente, a Voepass declarou que a aeronave estava em conformidade com todas as exigências regulatórias e de segurança. A companhia ressaltou seu compromisso em oferecer suporte logístico e emocional às famílias das vítimas durante este difícil momento.

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