Brasil Geral

Policial aposentado envia US$ 10 mil por engano em mala com doação ao RS

O proprietário dos dólares, um policial federal aposentado de 77 anos, revelou que esqueceu o dinheiro guardado por uma década

Uma descoberta inusitada ocorreu durante o processo de triagem das doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Uma mala contendo cerca de US$ 10 mil (aproximadamente R$ 53,8 mil) foi encontrada entre os itens enviados, proveniente de uma carga oriunda de Santos, São Paulo, com destino a Pelotas, RS.

Durante a triagem dos donativos, uma voluntária encontrou cartas, fotografias e outras lembranças pertencentes a um homem identificado como Mário Cassiano Dutra. Intrigada, ela continuou a busca e descobriu os dólares cuidadosamente escondidos no fundo da mala. Líder da campanha de arrecadação ao município gaúcho, o deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB-RS) foi informado do achado e expressou determinação em devolver o dinheiro ao seu legítimo proprietário: “Não tivemos dúvidas do que fazer: encontrar o dono desse dinheiro. E encontramos. Já entramos em contato com ele e estamos procedendo com a devolução”.

O proprietário dos dólares, um policial federal aposentado de 77 anos, revelou que economizou o montante ao longo de mais de uma década com o objetivo de realizar uma viagem à Europa após a aposentadoria, um plano que nunca se concretizou. “Como a oportunidade não surgiu, acabei me esquecendo disso”, lamentou Dutra em entrevista ao g1. Emocionado com a iniciativa de devolução, Dutra comentou: “Se esses documentos não estivessem na sacola, jamais me encontrariam. Fiquei comovido, é como se fosse a lei do retorno”, disse.

Sem familiares no Rio Grande do Sul, Dutra se sensibilizou com a situação das vítimas das enchentes após acompanhar os noticiários, decidindo contribuir com roupas e outros itens. O restante das doações foi acomodado na bolsa junto aos pertences pessoais esquecidos.

Os dólares recuperados já têm destino definido por Dutra: uma parte será destinada às pessoas afetadas pela histórica cheia no RS, enquanto a outra será reservada para aproveitar o restante de sua vida. “O que a gente planta, a gente colhe”, concluiu o aposentado, refletindo sobre o impacto de suas ações.

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