Na quarta-feira (12), o dólar registrou seu quarto dia consecutivo de valorização, encerrando em alta enquanto investidores reagiam às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, sobre a taxa de juros. A moeda americana fechou o dia cotada a R$ 5,40, mantendo-se no maior patamar desde 4 de janeiro de 2023, quando atingiu R$ 5,4523.
Durante um evento no Rio de Janeiro, Lula afirmou que não consegue discutir economia sem “colocar a questão social na ordem do dia” e que o “mercado financeiro não é uma entidade abstrata, separada da política e da sociedade”. O presidente também destacou que o governo está “arrumando a casa” e “colocando as contas públicas em ordem”. Ele mencionou o aumento da arrecadação e a redução dos juros, mas não abordou o controle de despesas.
“Estamos organizando as finanças públicas para garantir o equilíbrio fiscal. O aumento na arrecadação e a queda nas taxas de juros permitirão a diminuição do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público”, declarou Lula. As falas ocorrem em um contexto de cautela dos investidores em relação à situação fiscal do Brasil, com pressões para que o governo reduza gastos.
No cenário externo, a atenção dos investidores estava voltada para os novos dados de inflação nos Estados Unidos e para a decisão de política monetária do Fed, que indicou apenas um corte na taxa de juros até o final de 2024.