Imigração

Vídeo chocante mostra brasileiros sequestrados e torturados no México

Grupos de brasileiros no WhatsApp sugerem que as vítimas seriam de MG e estavam a caminho da fronteira com os EUA para uma travessia ilegal

Um vídeo chocante está circulando em grupos de WhatsApp de brasileiros, mostrando o sequestro e tortura de sete turistas brasileiros e um motorista de aplicativo em Cancún, no México. O incidente, ocorrido em 21 de maio, envolveu seis homens e uma mulher que foram libertados após passarem 12 horas em cativeiro.

Os turistas, que haviam desembarcado no terminal de ônibus ADO, chamaram um serviço de transporte para seguirem viagem. No entanto, o carro em que estavam foi interceptado por dois veículos do Sindicato Andrés Quintana Roo e o grupo foi levado para um esconderijo nas proximidades da Avenida José López Portillo, conforme publicou o jornal El Heraldo de México.

Imagens e vídeos compartilhados nas redes sociais, gravados pelos próprios agressores, mostram o momento em que as vítimas foram agredidas com um pedaço de madeira. Informações que circulam em grupos de WhatsApp de brasileiros na Flórida sugerem que as vítimas seriam de Governador Valadares, Minas Gerais, e estavam a caminho da fronteira com os Estados Unidos para uma travessia ilegal. A suspeita é que o coiote brasileiro devia dinheiro ao coiote mexicano. No entanto, essas informações não foram confirmados pelas autoridades locais. O caso segue em investigação.

De acordo com o boletim de ocorrência, a sessão de tortura começou ainda durante o trajeto até o cativeiro e continuou após a chegada ao local. Os criminosos também roubaram os pertences das vítimas. Após 12 horas de sofrimento, os brasileiros e o motorista conseguiram caminhar cerca de quatro quilômetros até serem resgatados por agentes da Secretaria de Segurança Cidadã e Trânsito Benito Juárez.

O jornal El Sol de México relatou que dois homens e uma mulher foram encaminhados ao hospital para tratamento médico, enquanto as demais vítimas permaneceram sob proteção das autoridades locais. Jesús Almaguer, presidente da Associação de Hotéis de Cancún, condenou o ataque em uma nota pública, afirmando que está “monitorando e pressionando as autoridades para punir os responsáveis de forma exemplar”.

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