O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou na quarta-feira (15) uma legislação que tornará a “mudança climática” uma prioridade menor no estado, removendo o termo de grande parte dos estatutos locais.
Críticos afirmam que a medida, transformada em lei pelo republicano, ignora a realidade das ameaças da mudança climática na Flórida, incluindo projeções de aumento do nível do mar, calor extremo, inundações e tempestades cada vez mais severas. A Flórida já depende cerca de 74% do gás natural para gerar eletricidade, de acordo com a Administração de Informação sobre Energia dos EUA. Opositores dizem que a lei afasta os objetivos energéticos do estado da eficiência e da redução de gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global.
A nova lei entrará em vigor em 1º de julho e também impulsionará a expansão do gás natural, reduzirá a regulamentação dos gasodutos no estado e aumentará as proteções contra proibições de aparelhos a gás, como fogões, de acordo com um comunicado de imprensa do escritório do governador. A medida também proíbe turbinas eólicas geradoras de energia offshore ou próximas à extensa costa do estado.
A legislação também elimina requisitos para que agências governamentais realizem conferências e reuniões em hotéis certificados pela agência ambiental do estado como “hospedagem verde” e que as agências governamentais priorizem a eficiência de combustível na compra de novos veículos. Também acaba com a exigência de que as agências estaduais da Flórida analisem uma lista de produtos “amigos do clima” antes de fazer compras.
DeSantis, que suspendeu sua campanha presidencial em janeiro e agora apoia seu rival, Donald Trump, chamou o projeto de lei de “uma abordagem sensata para a política energética”. “Estamos restaurando a sanidade em nossa abordagem à energia e rejeitando a agenda dos radicais ambientalistas verdes”, disse DeSantis em uma postagem na plataforma de mídia social X.