Em uma ação que replica a recente decisão do Colorado, o estado do Maine oficialmente excluiu o ex-presidente Donald Trump das eleições primárias de 2024. A principal autoridade eleitoral do estado baseou essa decisão na “proibição insurrecionista” estabelecida pela 14ª Emenda. A sentença faz de Maine o segundo estado a desqualificar Trump na corrida eleitoral. Shenna Bellows, Secretária de Estado do Maine, suspendeu temporariamente o processo aguardando um possível recurso nos tribunais estaduais, conforme anunciado pela equipe de Trump.
Para os críticos de Trump, essa decisão representa uma significativa vitória, afirmando seus esforços para fazer cumprir uma disposição constitucional projetada para proteger o país contra atos antidemocráticos. Bellows, uma democrata, emitiu a decisão na quinta-feira (28). “Não chego a esta conclusão levianamente”, afirmou. “A democracia é sagrada. Estou ciente de que nenhum Secretário de Estado jamais negou a um candidato presidencial o acesso à votação com base na Seção Três da 14ª Emenda. No entanto, também estou consciente de que nenhum candidato presidencial jamais se envolveu em uma insurreição”, disse.
Em comunicado, o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, acusou Bellows de ser uma “esquerdista virulenta” que agora “decidiu interferir nas eleições presidenciais”. “Os democratas em estados azuis estão suspendendo de forma imprudente e inconstitucional os direitos civis dos eleitores americanos ao tentar remover sumariamente o nome do presidente Trump das urnas”, disse Cheung.
A maioria dos especialistas jurídicos acredita que a Suprema Corte dos EUA resolverá a questão em todo o país. Antes do Colorado, vários outros estados, como Michigan e Minnesota, rejeitaram ações semelhantes.