Imigração Manchete

Baixas temperaturas não contém imigrantes na fronteira dos EUA com o Canadá e preocupa autoridades

Estrangeiros em busca de asilo estão migrando para a fronteira do Norte, já que o governo do Texas tem intensificado a fiscalização

O número de estrangeiros em busca de asilo na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá teve um aumento significativo no último ano e isso preocupa as autoridades. Agentes do Border Patrol estão fazendo alertas sobre os perigos de atravessar esta região, especialmente, em meses frios. “É extremamente perigosa a travessia com o clima frio e com a água gelada”, afirma Brady Waikel, diretor do posto da U.S. Customs and Border Protection (CBP) em Niagara Falls.

Apesar dos perigos, estrangeiros estão dispostos a enfrentar as baixas temperaturas da fronteira norte, já que no Texas, a fiscalização foi intensificada. De acordo com números do governo, no ano fiscal de 2023 (período entre outubro de 2022 e setembro de 2023), 189 mil estrangeiros foram detidos. Isso inclui imigrantes que se entregam em busca de asilo e outros que foram presos tentando atravessar a fronteira ilegalmente.

Os mexicanos lideram a lista de imigrantes que tentam a travessia pelo Canadá, seguidos por imigrantes da Índia e Venezuela. Sete mil estrangeiros a mais foram apreendidos em comparação com o ano anterior.

Para efeitos de comparação, mais de 2 milhões de estrangeiros foram detidos na fronteira dos EUA com o México no ano fiscal de 2023, mas o crescimento das apreensões na fronteira com o Canadá preocupa. Em fevereiro, o mexicano José Leos Cervantes, de 45 anos, morreu de frio tentando atravessar a fronteira de Quebec com os EUA.

Em março, oito pessoas de duas famílias, uma da Romênia e outra da Índia, morreram tentando atravessas as águas geladas do St. Lawrence River.  “É comum, também, que esses imigrantes não encontrem trabalho no Canadá e, por isso, tentam atravessar a fronteira para os EUA. As histórias são trágicas, desde pessoas que perdem os dedos, outras têm a roupa congeladas no próprio corpo e outros morrem congelados”, afirma a pesquisadora Camelia Tigau, da Universidade de Toronto. 

*Com informações da NBC News

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