O ex-presidente Donald Trump, se reeleito em 2024, endureceria as políticas de repressão à imigração criando “campos de deportação em massa”, publicou o The New York Times, no sábado (11). A informação foi baseada em entrevistas com vários conselheiros do ex-presidente, incluindo Stephen Miller, que supervisionou as políticas de imigração do primeiro mandato de Trump. O jornal descreveu os planos de Trump como “um ataque à imigração numa escala nunca vista na história americana moderna” e disse que o republicano pretende deportar milhões de pessoas enquanto estiver na Casa Branca, incluindo imigrantes indocumentados que estão estabelecidos nos Estados Unidos há décadas.
Trump pretende acelerar as deportações através da expansão de uma forma de remoção que não exige audiências de devido processo, disse o jornal. Para ajudar o Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA nas buscas por pessoas indocumentadas, Trump transferiria agentes federais e substituiria a polícia local e tropas da Guarda Nacional, disse o relatório. Ele aliviaria a pressão sobre os centros de detenção do ICE construindo enormes campos para deter imigrantes enquanto seus casos são processados para deportação.
Para financiar a operação massiva caso o Congresso recusasse, Trump redirecionaria os fundos do Pentágono, como fez com o muro da fronteira no seu primeiro mandato, afirmou o Times. “Iremos parar a invasão na nossa fronteira sul e iniciaremos a maior operação de deportação doméstica da história americana”, disse Trump durante comício em New Hampshire, no sábado, sem mencionar os campos de detenção.
Outras partes do plano de Trump exigem a triagem dos requerentes de visto quanto a opiniões ideológicas, a revogação do status de proteção temporária de pessoas de certos países considerados inseguros e a tentativa de acabar com o direito de cidadania para bebês nascidos nos Estados Unidos de pais indocumentados, disse o jornal.
Trump é o principal candidato à indicação presidencial republicana em 2024 e provavelmente enfrentará o presidente dos EUA, Joe Biden, em uma revanche da disputa de 2020.
*com informações da CNN e Reuters