Apenas em setembro, os estrangeiros que escolheram o Brasil como destino deixaram no país US$ 566 milhões, aproximadamente R$ 2,3 bilhões. É o que mostra o último levantamento do Banco Central (Bacen), divulgado na segunda-feira (06). É o maior valor registrado para este mês desde 1995, quando o Banco Central começou a contabilizar esses dados. No acumulado do ano, os visitantes estrangeiros contribuíram com R$ 24,6 bilhões na economia brasileira.
“O Brasil está de volta ao cenário internacional de turismo! Esse resultado é graças ao trabalho do Governo Federal em reconstruir a imagem do país lá fora, com acordos claros em prol da sustentabilidade e ao desenvolvimento econômico aliado ao social. Tenho certeza de que iremos estar no top 10 destinos do mundo quando se tratar de turismo”, comemorou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Em 2023, até o momento, mais de 4,4 milhões de turista estrangeiros desembarcaram em solo brasileiro, de acordo com levantamento realizado em parceria com o Ministério do Turismo, Embratur e Polícia Federal. Os números apresentam uma alta de 79% em relação a todo o ano de 2022.
“Os dados da FowardKeys, banco de dados de voos internacionais que é parceiro nosso da Embratur, demonstram que já temos 40% mais de passagens aéreas vendidas para o mês de dezembro deste ano do que no ano passado. Isso é resultado da reconstrução da imagem do Brasil no exterior e de nossas ações de promoção internacional de tudo que há de melhor em nosso país. A previsão é de termos um verão muito bom para o turismo brasileiro, o que vai refletir na entrada de divisas cada vez maior, na geração de empregos e novos negócios em todo o país”, destaca Marcelo Freixo, presidente da Embratur.
A cidade de São Paulo (SP) concentra o principal destino de chegada para esses turistas, seguido do Rio de Janeiro (RJ) e do Rio Grande do Sul (RS). Boa parte dos visitantes vêm da Argentina (1.3 milhões), Estados Unidos (411 mil) e Chile (267 mil).
Brasileiros gastam mais no exterior
Os brasileiros gastaram em viagens internacionais US$ 1.24 bilhão em setembro, contra US$ 907 milhões no mesmo mês do ano passado, uma alta de quase 27% em um ano, divulgou o Banco Central. Houve, portanto, déficit na conta de viagens de US$ 674 milhões no período, contra US$ 491 milhões no ano anterior.
De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), a estimativa do déficit de viagens deve ficar em US$ 9 bilhões em 2023. Com os valores apresentados, o saldo de viagens fecha o terceiro trimestre negativo em R$ 10,5 bilhões (US$ 2,1 bilhões). A diferença é 18,9% maior do que a registrada entre julho e setembro do ano passado, de R$ 8,856 bilhões (R$ 1,77 bilhão).
Os resultados refletem o impacto do mercado de viagens, fortemente afetado pela pandemia do coronavírus, nos últimos três anos. Em 2022, ano marcado pelo arrefecimento da doença, os gastos dos brasileiros com viagens internacionais totalizaram R$ 60,9 bilhões (US$ 12,18 bilhões), valor 132% maior do que o de 2021.
*com informações da Agência Gov