Antonio Tozzi Esportes

Fluminense decide a Copa Libertadores ‘em casa’

A entrada de John Kennedy modificou o panorama da partida ao marcar o gol de empate e dar uma assistência para o gol da vitória de German Cano (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)
A entrada de John Kennedy modificou o panorama da partida ao marcar o gol de empate e dar uma assistência para o gol da vitória de German Cano (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

O futebol é mesmo um esporte surpreendente. Nem sempre a melhor equipe vence. E as estratégias dos treinadores também faz a diferença.

Esse preâmbulo serve para ilustrar o que foi a semifinal entre Internacional e Fluminense na quarta-feira (4) no Estádio Beira Rio em Porto Alegre. Tudo indicava uma vitória do time da casa, porém, o roteiro escrito pelos deuses do futebol previa um final diferente. Acompanhe aqui como este filme se desenrolou no gramado do Beira Rio, conforme foi descrito pelo site ge.com.

O Fluminense estava sendo eliminado da Conmebol Libertadores até os 35 minutos do segundo tempo. Aos 41, comemorava o gol de Germán Cano, o da virada num Beira-Rio com 50 mil pessoas. Em seis minutos, o Flu marcou com John Kennedy e o argentino, artilheiro do torneio, para avançar à decisão após 15 anos. No primeiro tempo, Mercado havia colocado o Inter em vantagem. A virada, porém, encerra o sonho do tri. Por outro lado, o time carioca tentará a glória eterna pela primeira vez.

O artilheiro da Libertadores estava discreto, praticamente sem assustar Rochet. Mas Germán Cano precisa de apenas uma bola para decidir um jogo. O Fluminense acabara de empatar o placar, e o camisa 14 recebeu dentro da área, aos 41 minutos, para, em um chute, virar a partida e colocar o Tricolor na final. Foi o 12º gol do argentino, igualando a marca de Pedro, do Flamengo, na edição passada.

A vitória do Fluminense foi vista por 50.002 torcedores no Beira-Rio. Foi a terceira vez que o clube supera os 50 mil desde a reforma do estádio, para a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. O número, porém, não supera os 50.479 torcedores que estiveram na vitória sobre o River Plate, na volta das oitavas de final da mesma edição da Conmebol Libertadores, no que é o recorde atual.

O Fluminense chega à segunda final de Libertadores em sua história. Na primeira, em 2008, caiu para a LDU nos pênaltis no Maracanã. Uma década e meia depois, terá a chance da redenção no mesmo palco, desta vez em jogo único. Em caso de título, o Tricolor será o 11º time brasileiro a conquistar o torneio.

No fim de semana, os times voltam as atenções ao Campeonato Brasileiro, com clássicos pela frente, válidos pela 26ª rodada. O Inter encara o rival Grêmio, no Beira-Rio, e o Fluminense recebe o líder Botafogo, no Maracanã. As duas partidas serão realizadas no domingo (8).

O adversário será o vencedor do duelo entre Palmeiras e Boca Juniors. Os times jogaram na noite de quinta-feira (5), portanto, em razão do fechamento da edição, não podemos divulgar o nome do outro finalista.

Caso o Boca Juniors tenha se classificado, o mais popular clube argentino pode chegar à sétima conquista, igualando o também argentino Independiente de Avellaneda. Porém, se o Palmeiras se tornar finalista, o Alviverde paulista pode se tornar o único clube brasileiro a conquistar a Copa Libertadores da América quatro vezes–três delas com o técnico Abel Ferreira no comando do Verdão.

Fortaleza enfrenta LDU na final da Copa Sul-Americana

Yago Pikachu entrou no lugar de Marinho e marcou o primeiro gol do Fortaleza na vitória sobre o Corinthians (Foto: soufortaleza.com)
Yago Pikachu entrou no lugar de Marinho e marcou o primeiro gol do Fortaleza na vitória sobre o Corinthians (Foto: soufortaleza.com)

Normalmente, quando um clube de mais tradição encontra outro de menor projeção nacional, os analistas costumam apontá-lo como favorito. No entanto, no encontro entre o Corinthians, dono da segunda maior torcida do Brasil, e o Fortaleza, uma potência regional, o que se viu foi um favoritismo flagrante da equipe cearense nas semifinais da Copa Sul-Americana.

Em termos de disputa de copas, o futebol nem sempre faz justiça, mas na terça-feira (3), na Arena Castelão, o clube premiado foi aquele que tem mais projeto, mais time e mais preparo para ganhar um título internacional em 2023. O histórico Fortaleza de Juan Pablo Vojvoda está na final da Copa Sul-Americana e vai tentar um título inédito no próximo dia 28 de outubro, em Maldonado, no Uruguai. O Leão do Pici venceu o Corinthians por 2 a 0 no jogo de volta das semifinais, com apoio de quase 60 mil torcedores, pressão e gols de Yago Pikachu e Tinga – o duelo de ida tinha terminado em 1 a 1.

A diferença entre os times em campo apenas reflete o que são os dois clubes hoje: de um lado, o Fortaleza de Vojvoda se impôs na técnica e na organização, fruto de um trabalho de dois anos e meio; do outro, o Corinthians que estreou Mano Menezes após uma experiência ruim com Vanderlei Luxemburgo, mas ainda não conseguiu absorver as ideias de um técnico em menos de uma semana de trabalho. Então, no fim, deu a lógica: agora na final, o Fortaleza espera o vencedor de Defensa y Justicia x LDU para buscar a maior conquista de seus 104 anos.

O Fortaleza decide o título da Copa Sul-Americana no próximo dia 28 de outubro, um sábado, em Punta del Este, no Uruguai. O adversário sai da outra semifinal, entre LDU e Defensa y Justicia – os equatorianos venceram a ida por 3 x 0, e o jogo de volta é nesta quarta, na Argentina.

O primeiro clube do Nordeste em uma final de Copa Sul-Americana vai levar uma bolada. Com a vaga na final, o Fortaleza fatura mais $5.35 milhões (R$ 9,6 milhões) e supera os R$ 25 milhões em premiações na competição internacional.

Eliminado da Sul-Americana, o Corinthians recebe o Flamengo no próximo sábado (7), na Neo Química Arena. Já o classificado Fortaleza recebe o América-MG no domingo (8), na Arena Castelão. Os dois jogos são válidos pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.


Dança dos técnicos no Brasileirão

Lucio Flavio, ex-jogador do Glorioso, assumiu o comando o Fogão, ao lado do ex-zagueiro Joel Carli (Foto: Vitor Silva/Botafogo FR)
Lucio Flavio, ex-jogador do Glorioso, assumiu o comando o Fogão, ao lado do ex-zagueiro Joel Carli (Foto: Vitor Silva/Botafogo FR)

Há dois meses do final da temporada no futebol brasileiro, três equipes promoveram trocas de treinadores: Corinthians demitiu Vanderlei Luxemburgo e contratou Mano Menezes para o seu lugar; Flamengo pagou a multa rescisória e dispensou Jorge Sampaoli, trazendo Tite, e até o Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro, decidiu trocar sua comissão técnica comandada por Bruno Lage. Em seu lugar, o Fogão vai testar uma alternativa doméstica ao efetivar os ex-jogadores Lucio Flavio e Joel de Carli como novos comandantes da equipe que possui sete pontos de vantagem sobre o Red Bull Bragantino, vice-líder do campeonato.

Essa movimentação demonstra o quanto é desorganizado o futebol brasileiro. Que tipo de trabalho esses novos treinadores poderão fazer em dois meses? Os objetivos dos três clubes são diferentes.

O Alvinegro paulista, depois de ser eliminado da Copa Sul-Americana, tem como único objetivo fugir da zona de rebaixamento, pois o Timão encontra-se na 13ª posição a apenas quatro pontos da temível Z4. A administração de Duílio Monteiro Alves é uma das mais decepcionantes para os corintianos. Durante seu mandato de três anos, o clube mais popular de São Paulo ficou sem vencer um título sequer no futebol profissional masculino. Pior, ainda não garantiu sua participação na Copa do Brasil em 2024. No próximo ano, o clube terá um novo presidente e Mano Menezes terá como principal desafio reformular o elenco e fazer com que o Corinthians retome seu protagonismo no futebol brasileiro.

Já o Flamengo luta para obter a classificação à Copa Libertadores da América. O clube mais popular e rico do país tinha um ano promissor, mas seus torcedores viram muitas frustrações. O Mengão perdeu a Supercopa para o Palmeiras; o Mundial de Clubes para o Al-Hilal; a Recopa para o Independiente del Valle; o Campeonato Carioca e a Taça Guanabara para o Fluminense; a Libertadores para o Olimpia, e a Copa do Brasil para o São Paulo. Resta, portanto, o Brasileirão, onde repousa um fio de esperança na conquista de um título e, sobretudo, assegurar uma vaga para Libertadores de 2024. O Botafogo, por sua vez, luta desesperadamente para manter a vantagem obtida no primeiro turno do Brasileirão. Vantagem que vem diminuindo rodada a rodada para seus principais perseguidores, entre eles, Red Bull Bragantino, Grêmio, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Atlético-PR e Atlético-MG.


Copa do Mundo itinerante em 2030

Copa do Mundo de 2030 terá sede tripla em Portugal, Espanha e Marrocos, mas também com jogos na América do Sul (Foto: Divulgação/Fifa)
Copa do Mundo de 2030 terá sede tripla em Portugal, Espanha e Marrocos, mas também com jogos na América do Sul (Foto: Divulgação/Fifa)

Duas candidaturas se destacaram na reivindicação de 2030 como sedes. Do lado europeu, Espanha e Portugal se uniram para levar a Copa do Mundo de volta ao Velho Continente. Agregou-se a eles, o Marrocos, que há muito tempo disputa a preferência de ser o primeiro país da África árabe a sedia um evento dessa grandeza.

Os países do Cone Sul da América do Sul, no entanto, também tinham um argumento forte para sediarem a Copa do Mundo. Afinal, o Uruguai foi o primeiro país a sediar uma Copa do Mundo em 1930, ou seja, seria o ápice celebrar o centenário deste que é considerado o maior evento esportivo do planeta. Ao Uruguai, se juntariam Argentina e Paraguai.

Mais uma vez, a Fifa – entidade maior do futebol mundial – tomou uma decisão salomônica: todas as seis nações sediarão a Copa do Mundo. A maneira encontrada pelos dirigentes da Fifa foi, digamos assim, criativa.

Desse modo, a Copa do Mundo de 2030 terá um formato inédito e será disputada pela primeira vez em três continentes. As sedes principais serão os vizinhos Espanha, Portugal e Marrocos, mas o jogo de abertura será em Montevidéu, no Uruguai, como homenagem à primeira edição do Mundial, disputado em 1930. Também haverá jogos da primeira rodada na Argentina e no Paraguai.

Após os primeiros jogos na América do Sul, as demais partidas do torneio serão do outro lado do Oceano Atlântico, divididos nos países europeu e no africano. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (4), pelo Conselho da Fifa, que, segundo comunicado da entidade, “concordou por unanimidade” que a única candidatura na briga para sediar o Mundial de 2030 seria a portuguesa, espanhola e marroquina.

As três sedes principais ainda serão ratificadas no Congresso da Fifa, no ano que vem, a depender da conclusão com sucesso do processo de candidatura. A decisão de fazer os primeiros jogos na América do Sul também foi aprovada por unanimidade.

“Num mundo dividido, a Fifa e o futebol estão se unindo. O Conselho da Fifa, representando todo o mundo do futebol, concordou por unanimidade em comemorar o centenário da Copa do Mundo, cuja primeira edição foi disputada no Uruguai em 1930, da forma mais adequada. Como resultado, uma celebração acontecerá na América do Sul e três países sul-americanos – Uruguai, Argentina e Paraguai – organizarão uma partida cada na Copa do Mundo de 2030. A primeira dessas três partidas será, obviamente, disputada no estádio onde tudo começou, no mítico Estádio Centenário de Montevidéu, justamente para comemorar a edição centenária da Copa do Mundo”, exultou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

Presidente da Conmebol antecipa anúncio

Antes de ser oficializada pela Fifa, entretanto, a informação foi revelada em entrevista coletiva pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez. A Fifa pretendia anunciar a sede da Copa de 2030 apenas em outubro do ano que vem, mas tanto Domínguez quanto o presidente da federação paraguaia de futebol, Robert Harrison, afirmaram abertamente que o Mundial será dividido.

“A Copa do Mundo do Centenário, 100 anos depois da primeira, não poderia ficar longe da América do Sul, onde tudo começou. A Copa do Mundo de 2030 será disputada em três continentes. Vamos começar aqui e vamos terminar na Europa, onde será a final”, revelou Domínguez.


Raphinha é cortado da Seleção Brasileira e David Neres foi convocado em seu lugar

David Neres, revelado na base do São Paulo, está brilhando no Benfica e foi chamado por Fernando Diniz para as Eliminatórias da Conmebol (Foto: SL Benfica)
David Neres, revelado na base do São Paulo, está brilhando no Benfica e foi chamado por Fernando Diniz para as Eliminatórias da Conmebol (Foto: SL Benfica)

O técnico da Seleção Brasileira, Fernando Diniz, convocou os jogadores brasileiros que representarão o país nos confrontos contra a Venezuela no dia 12 de outubro na Arena Pantanal em Cuiabá, e 17 de outubro no Estádio Centenário em Montevidéu, no Uruguai, mas já alterou a lista por causa de lesões de Caio Henrique e Raphinha, substituídos por Guilherme Arana e David Neres.

A lista completa, que ainda pode ser alterada, está abaixo:

Goleiros: Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Lucas Perri (Botafogo)

Laterais: Danilo (Juventus), Vanderson (Monaco), Caio Henrique (Monaco) e Renan Lodi (Olympique de Marselha)

Zagueiros: Gabriel Magalhães (Arsenal), Bremer (Juventus), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense)

Meio-campistas: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Gerson (Flamengo) e Raphael Veiga (Palmeiras)

Atacantes: Gabriel Jesus (Arsenal), Matheus Cunha (Wolverhampton), Neymar (Al-Hilal), David Neres  (Benfica), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid) e Vinícius Júnior (Real Madrid)

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