A economia latina dos EUA segue em rápido crescimento, com produção avaliada em $3.2 bilhões em 2021, bem acima dos $2.8 bilhões do ano anterior, segundo um novo relatório da Latino Donor Collaborative (LDC) em parceria com o Wells Fargo. De acordo com o estudo, durante a última década, a economia latina dos EUA cresceu duas vezes e meia mais rápido do que o equivalente não-latino, ultrapassando o produto interno bruto do Reino Unido, da Índia, da França e da Itália. Se os latinos fossem um país independente, o seu PIB ocuparia o quinto lugar no mundo, concluiu o estudo.
A força da indústria para os latinos permanece constante nos serviços de hospitalidade e alimentação, construção, serviços administrativos, gestão de resíduos e transporte. Embora o crescimento da comunidade latina continue a ser generalizado geograficamente nos EUA, a comunidade impulsionou um crescimento particular nos estados da Califórnia, onde movimenta $682 milhões; Texas, com 465 mil milhões; e Flórida, com $240 mil milhões de impacto econômico. Os montantes refletem a forte percentagem populacional da comunidade latina, além da participação da força de trabalho e na produtividade global nesses estados.
A economia latina da Califórnia, por si só, seria a 21ª maior economia do mundo, entre a Polônia e a Suíça, informou a LDC. Em mercados latinos emergentes como New Hampshire e South e North Dakota, foram registrados aumentos surpreendentes, com as taxas de crescimento do PIB mais elevadas desde 2011. Em South Dakota, o impacto econômico dos latinos cresceu a uma taxa anual de 11,8% em 2021, de acordo com o LDC. “As empresas que operam nestas áreas devem estar à frente destas mudanças substanciais para garantir que permanecem relevantes”, observou a LDC no relatório. “E ser capaz de atender às necessidades de sua base de clientes em evolução.”
O relatório também concluiu que os salários e rendimentos salariais dos latinos – totalizando $1,67 bilhões em 2021 – cresceram mais do que os dos não-latinos na década anterior, a uma taxa anualizada de 4,7%, em comparação com 1,9% para os não-latinos.
Mas, apesar do rápido crescimento, persiste uma disparidade salarial substancial no país, com o trabalhador latino médio ganhando 80 centavos por cada dólar ganho por trabalhadores brancos não-hispânicos.
As conclusões do estudo foram divulgadas durante a conferência L’Attitude, que examina o estado da liderança, participação e representação latina na América corporativa, bem como nos setores público, de mídia e de entretenimento. O relatório baseia-se em dados de 2021, o ano mais recente para o qual a informação está disponível publicamente. Inclui dados do US Census Bureau, do Bureau of Economic Analysis e do Bureau of Labor Statistics, entre outros.
*com informações da CNBC