O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em New York, onde é realizada a 78ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) de 19 a 26 de setembro. Nesta terça-feira (19), Lula fez seu 8º discurso como chefe de Estado no evento. Entre os pontos principais da fala do brasileiro foi o combate à fome e desigualdade social, tema sobre o qual o presidente tem falado de forma reiterada. No início do discurso, Lula disse que 735 milhões de pessoas em todo o mundo vão dormir “sem saber se terão o que comer amanhã”.
O presidente do Brasil também se manifestou sobre as questões ambientais e defendeu o desenvolvimento sustentável. O petista argumentou pela resolução de conflitos armados, e fez críticas a organismos internacionais, como a própria ONU e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele afirmou que falta “vontade política” para acabar com os problemas apontados.
“O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe. A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida”, disse.
Lula afirmou ainda que “a comunidade internacional está mergulhada em um turbilhão de crises múltiplas e simultâneas” e que “a desigualdade está na raiz desses fenômenos ou atua para agravá-los”.
O petista também voltou a cobrar apoio financeiro dos países ricos para adotar medidas de proteção do meio ambiente e combate às mudanças climáticas. Segundo o presidente, “a emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado”.
“A promessa de destinar US$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento permanece apenas isso. Uma longa promessa”, afirmou. “Hoje esse valor seria insuficiente para uma demanda que já chega à casa dos trilhões de dólares”, acrescentou Lula.
A Assembleia Geral da ONU acontece anualmente e o Brasil, por tradição, é sempre o primeiro a falar.