Um americano de 72 anos, que cumpriu sete anos de prisão por um estupro que não cometeu, foi inocentado quase cinco décadas depois graças a um exame de DNA. As informações foram divulgadas pelas autoridades de New York na terça-feira (5). “Durante 48 anos, 48 longos anos, andei pela sociedade sendo rotulado de estuprador quando sabia que não tinha feito isso. Agora que esse dia chegou eu só agradeço a Deus. Agradeço a Deus porque finalmente a verdade veio à tona. Agora posso realmente dizer que estou livre. Não quando saí da prisão de Sing Sing, mas quando sair daqui hoje”, disse Mack no tribunal de Westchester.
Leonard Mack foi preso em 1975, em Greenburgh, New York. Ele foi acusado de ter estuprado uma adolescente que estava indo para a escola com uma amiga. À época, a polícia buscava por um suspeito negro com estatura semelhante a de Mack.
Após uma campanha da organização Innocence Project, exames de DNA que não estavam disponíveis na época dos fatos, concluíram que Mack não foi o perpetrador e identificaram um agressor sexual condenado “que agora confessou o estupro”, informou o gabinete do promotor do condado de Westchester.
“É a condenação errônea mais longa da história dos Estados Unidos, conhecida pela Innocence Project, a ser revogada por um exame de DNA”, informou a organização, que destacou “a força inabalável de Mack, que lutou por quase 50 anos para limpar seu nome”.
Segundo o Registo Nacional de Exonerações, desde 1989, mais de 570 pessoas condenadas foram absolvidas com base em novos exames de DNA, das quais 35 aguardavam a execução. Mais de metade das 3.300 pessoas cujas sentenças foram revogadas entre 1989 e 2022 eram negras.