A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou o projeto de lei para suspender o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões nesta quarta-feira (31), enviando o projeto de lei ao Senado poucos dias antes do prazo de inadimplência que venceria na segunda-feira (5). Com apoio da maioria de democratas e republicanos, a a medida deve chegar à mesa do presidente Joe Biden nos próximos dias, evitando o temido calote das contas públicas.
A legislação remove temporariamente o limite de endividamento do governo federal até 1º de janeiro de 2025; também limita alguns gastos do governo nos próximos dois anos, acelera o processo de licenciamento de certos projetos de energia e recupera fundos não utilizados durante a pandemia. “Este acordo é uma boa notícia para o povo norte-americano e para a economia norte-americana”, disse Biden após a votação. “Peço ao Senado que o aprove o mais rápido possível para que eu possa sancioná-lo”, disse.
A medida, um acordo entre Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, contou com a oposição de 71 republicanos. Isso normalmente seria suficiente para bloquear a legislação partidária, mas 165 democratas – mais do que os 149 republicanos que votaram a favor – apoiaram a medida e a aprovaram. Os republicanos controlam a Câmara por uma estreita maioria de 222 a 213.
Na noite de terça-feira (30), o Escritório de Orçamento do Congresso, apartidário, disse que a legislação resultará em $ 1,5 trilhão em economia ao longo de uma década. Isso está abaixo dos $ 4,8 trilhões em economia que os republicanos almejavam em um projeto de lei que aprovaram na Câmara em abril, e também abaixo dos $ 3 trilhões em déficit que o orçamento proposto por Biden teria reduzido ao longo desse tempo por meio de novos impostos.
