O presidente da Supervisão da Câmara, James Comer, apresentou nesta quarta-feira (10) registros bancários que revelam que nove membros da família Biden, incluindo o filho do atual presidente, Hunter, receberam milhões de dólares em pagamentos de entidades estrangeiras da China e da Romênia. A investigação, que já leva meses, obteve os novos registros por meio de intimações enviadas a vários bancos e ao Departamento do Tesouro americano.
De acordo com Chair, além de Hunter e James Biden, filho e irmão de Joe Biden, netos e noras do atual presidente também aparecem como beneficiários dos fundos estrangeiros; os pagamentos ocorreram inclusive quando Joe Biden era vice-presidente. O relatório, no entanto, não mostra nenhum pagamento feito diretamente ao democrata. Os registros bancários por si só também não indicam a finalidade dos pagamentos efetuados.
“Essas pessoas não vieram a Hunter Biden porque ele entendia de política mundial ou porque entendia de negócios chineses. Eles o queriam pelo acesso que seu sobrenome lhe dava”, disse a deputada Nancy Mace, republicana da Carolina do Sul, durante entrevista coletiva. Os republicanos alegaram ainda que Hunter Biden usou suas conexões familiares para ajudar a facilitar uma reunião em 2016 entre um sérvio candidato a secretário-geral das Nações Unidas e o então conselheiro de segurança nacional do vice-presidente Colin Kahl.
O memorando marca a tentativa de Comer de fortalecer suas alegações de que os membros da família Biden enriqueceram por conta da influência do Joe Biden, sugerindo que o democrata pode ter sido indevidamente beneficiado pelas transações financeiras e parceiros comerciais estrangeiros de sua família. “Não acho que ninguém na América pensaria que é apenas uma coincidência que nove membros da família Biden tenham recebido dinheiro”, disse. “Acreditamos que o presidente está envolvido nisso desde o início. Obviamente, vamos continuar procurando”, acrescentou.