A partir do dia 11 de maio, o governo dos Estados Unidos vai rejeitar automaticamente as solicitações de asilo feitas por imigrantes que cruzarem illegalmente a fronteira. A medida foi anunciada nesta terça-feira (21) pelo Department of Homeland and Security (DHS) e vai substituir o Título 42, criado pelo ex-presidente Donald Trump durante a pandemia de covid-19.
A nova regra do governo Biden também vai exigir que os imigrantes comprovem já haver solicitado asilo em outro país, antes dos Estados Unidos. Para os cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela também será necessario indicar um patrocinador financeiro dentro do território americano.
“Somos uma nação de imigrantes, mas também somos uma nação de leis”, declarou o secretário do DHS, Alejando Mayorkas.
A proposta é a mais restritiva implementada pela Casa Branca e garante excepções apenas para casos de “emergência médica aguda”, ou “ameaças dextremas” de crimes violentos como assassinato, ou sequestro.
Políticos do partido Democratas e ativistas criticaram a legislação e acusam o presidente de continuar com as mesmas políticas trumpistas que prometeu eliminar durante a campanha eleitoral.
A União Americana para as Liberdades Civis (ACLU) disse que “esta proibição geral ao asilo vai fechar a porta a inúmeros refugiados que procuram segurança e protecção nos Estados Unidos”.
Em janeiro passado, a agência de imigração dos EUA informou que tem mais dois milhões de pedidos de asilo pendentes em fóruns imigratórios de todo o país.