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Procurado pela Justiça brasileira, líder de atos antidemocráticos em BH pode estar foragido na Flórida

Esdras Jonatas dos Santos, de 34 anos, é apontado como "líder de atos antidemocráticos ocorridos em janeiro deste ano em BH" e teve seu passaporte cancelado pelo STF

A polícia do estado de Minas Gerais declarou, na quinta-feira (15), que está à procura de um investigado da Justiça brasileira que possivelmente fugiu para a Flórida. Esdras Jonatas dos Santos, de 34 anos, é apontado como “líder de atos antidemocráticos ocorridos em janeiro deste ano em BH”, conforme nota oficial divulgada pela Polícia Civil.

Empresário do ramo têxtil, Esdras ficou conhecido após viralizar um vídeo onde ele aparece chorando e pedindo intervenção militar em frente ao Exército de Belo Horizonte. Ele é suspeito de coordenar um acampamento na Avenida Raja Gabaglia, na capital mineira, e acusado de promover agressões contra jornalistas, além de roubo de equipamentos da imprensa, entre outros danos.

Na quarta-feira (14), a polícia mineira fez uma operação na residência do empresário em Belo Horizonte, portando um mandato de prisão. Em vez de Esdras, a polícia encontrou um casal vivendo no endereço — eles disseram ser inquilinos, sem envolvimento com os crimes investigados, e foram chamados para prestar depoimento.

Segundo informações da FolhaPress, o advogado de Esdras, Ramon dos Santos, declarou em nota que o cliente tinha viajado para Miami e que se apresentaria à Justiça brasileira. No entanto, mais tarde, afirmou que estava deixando o caso por quebra de confiança.

Em janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o cancelamento do passaporte de Esdras, mas, segundo o delegado do caso, Emílio de Oliveira e Silva, ele já teria fugido para o exterior. No início de fevereiro, Moraes também impôs uma multa de R$ 100 mil ao empresário.

Esdras chegou a obter, na Justiça de Minas Gerais, uma decisão judicial favorável à obstrução da avenida na capital mineira onde ficava a ocupação. Essa determinação foi posteriormente derrubada por Alexandre de Moraes e a conduta do juiz que permitiu a obstrução é alvo de análise no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O novo defensor de Esdras, Márcio Honório, disse que só vai se manifestar depois de ter acesso ao processo do cliente.

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