Derek Meyers, ex-auxiliar do deputado George Santos, publicou uma carta no Twitter na sexta-feira (3), em que acusa o parlamentar de assédio sexual. A denúncia aumenta a lista de investigações abertas contra o filho de imigrantes brasileiros, que incluem mentiras no currículo, omissão de recursos de campanha, e até estelionato.
Na publicação postada na rede social, Derek diz que no último dia 25 de janeiro, ele e o parlamentar estavam a sós no gabinete na Câmara de Representantes, quando foi questionado pelo republicano sobre um perfil em um site de relacionamentos para homens homossexuais. Ele contou que, na sequência, Santos o convidou para sair e alertou que o marido dele não estava na cidade, e então o tocou de forma inapropriada na virilha.
Derek registrou um boletim de ocorrência na polícia do Capitólio e abriu uma reclamação no Comitê de Ética questionando o comportamento do político.
Ele disse que George Santos lhe ofereceu um emprego no gabinete e que ele trabalhou por uns dias sem remuneração, enquanto sua papelada estava sendo processada. O funcionário alegou que entre suas tarefas estavam atender telefones, ler correspondências e responder e-mails de eleitores. A forma de contratação “voluntária” também está sendo questionada, de acordo com a legislação interna da Câmara.
Até o momento, o gabinete do deputado não se manifestou sobre o assunto.
Na terça-feira (31), Santos anunciou seu desligamento de dois Comitês da Câmara para os quais foi nomeado, por conta das acusações que está enfrentando. Desde que a fábrica de mentiras veio à tona, ele enfrenta uma dura pressão de congressistas dos partidos democrata, e também dos republicanos para renunciar ao mandato. Uma pesquisa feita pelo Siena College Institute e divulgada nesta terça (31), ouviu 653 eleitores, dos quais 83% deles, sendo 71% filiado ao Partido Republicano, pedem a saída do parlamentar.