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Brasileiro é detido pela Interpol no Panamá e pode pegar prisão perpétua nos EUA

M.B.F., de 19 anos, é acusado de participar de um roubo que terminou com a morte da vítima e de outro brasileiro, participante do crime, na Pensilvânia

Um jovem de 19 anos, natural de Ipatinga, em Minas Gerais, foi detido durante uma escala no Panamá, em 21 de dezembro, tentando fugir dos Estados Unidos para o Brasil. Ele é acusado de participar de um roubo que terminou com a morte de outro brasileiro, participante do crime, na Pensilvânia, em outubro de 2022. M.B.F., conforme divulgado pelas autoridades, foi preso pela Interpol após um pedido de extradição dos Estados Unidos, país onde o brasileiro corre o risco de pegar pena de prisão perpétua.

Segundo afirmou o advogado do rapaz, Bernardo Simões Coelho, à reportagem do AcheiUSA, M.B.F. não admitiu participação no assalto seguido de morte. “Ele admite, somente, que estava presente no local, acompanhando um amigo. Não sabia da intenção do amigo de cometer qualquer crime, não sabia que estava armado e não efetuou os disparos”, declarou o advogado de defesa baseado no Brasil.

De acordo com os autos do processo, o suspeito agiu junto com outros dois homens, de identidade não revelada, e também brasileiros. Um deles acabou morto após ser baleado. Os tiros foram disparados durante um assalto em que os brasileiros tentavam levar uma quantia em dinheiro e a ação foi filmada por imagens de câmeras de segurança.  

Segundo Santos, o homicídio foi classificado como preterdoloso, quando coexistem os dois elementos subjetivos: dolo na conduta antecedente e culpa na conduta consequente. No Brasil, o crime seria tipificado como latrocínio. Já na Pensilvânia, a classificação é de homicídio de segundo grau, cujo os responsáveis são condenados à prisão perpétua. Ele também pode responder por conspiração para cometer homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Sobre as diferenças de penalidade que M.B.F. pode enfrentar nos EUA ou no Brasil, o advogado defende: “Diversos brasileiros já foram condenados à morte, ou prisão perpétua, nos EUA e em outros países, a despeito da enorme maioria dos países desenvolvidos se posicionarem contrariamente à utilização de punições extremas e desumanas como as essas”, disse. “Acreditamos que um brasileiro tem mais chances de receber um julgamento justo no Brasil do que nos EUA”, afirmou.

O Ministério das Relações Internacionais do Panamá tem um prazo de 60 a 90 dias para julgar o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.

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