Um morador de rua de Oakland, na Califórnia, foi preso na quarta-feira (11), acusado de assassinar com 12 facadas uma mulher de 71 anos. Dilma Franks-Spruill, uma imigrante brasileira, funcionária dos correios dos Estados Unidos (USPS) há mais de 18 anos, foi atacada quando voltada para casa depois de trabalhar no turno da noite.
Wilbert Winchester, de 28 anos, é o principal suspeito do crime. Ele tem um longo histórico de ataques a mulheres em público. Em 2017, Winchester chutou uma mulher de 73 anos na cabeça em um trem, resultando em sua hospitalização. Na época, ele foi condenado a três anos de prisão com um ano de crédito pelo tempo cumprido, e foi solto em 2020. Dois dias antes do ataque a brasileira, Winchester foi acusado de esfaquear uma mulher de 59 anos em um ônibus em Oakland. Com o assassinato de Dilma, os promotores do condado de Alameda estão acusando Winchester de homicídio em primeiro grau.
A mãe do suspeito, Felicia Cole, declarou que o filho foi diagnosticado com esquizofrenia bipolar em 2017, quando começou a viver nas ruas. “Meu filho entrou e saiu da prisão várias vezes desde que completou 18 anos”, acrescentou.
Em uma entrevista à KTVU, Miles, filho de Dilma, disse: “Três casas de distância. Ela estava quase em casa, mas não vai voltar mais… Alguém apareceu e a esfaqueou várias vezes”, relatou de forma comovente. Sobre Winchester, Miles disse: “Desejo-lhe paz e desejo-lhe adeus. Você levou minha melhor amiga. Você pegou o último parente biológico vivo que eu tinha”.
O USPS também se manifestou sobre a morte da funcionária veterana de serviços. “Perdemos um membro da nossa família postal. Dilma irradiava energia, alegria e trazia luz a todos que tiveram o prazer de conhecê-la e trabalhar ao seu lado. Nossos pensamentos e orações estão com sua família e colegas de trabalho neste momento”.