Ao menos uma em cada 18 pessoas que dão entrada anualmente nos serviços de emergência médica dos Estados Unidos recebem diagnóstico errado. A informação é da Agência de Pesquisa e Qualidade em Saúde do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo federal, e foi publicada nesta quinta-feira (15). O número, segundo o órgão, corresponde a 6% dos cerca de 130 milhões de laudos emitidos em pronto-atendimentos de todo o país. Ou seja, 7,4 milhões no total.
Para chegar a esses dados, os pesquisadores revisaram 300 estudos publicados entre janeiro de 2000 e setembro de 2021. Eles descobriram que as doenças que mais recebem pareceres equivocados são: Infarto do miocárdio, aneurisma, lesão da medula espinhal, derrame cerebral e tromboembolismo venoso. Essas cinco representam 39% de todos os danos graves relacionados a diagnósticos incorretos.
As consequência desses erros causam em média 370 mil mortes ou deixam sequelas permanentes incapacitantes nos usuários do serviço, além de 2,6 milhões de outros problemas que poderiam ter sido evitados.
A principal justificativa para os erros apontada na pesquisa são sintomas atípicos para uma determinada condição. No caso de derrame cerebral, por exemplo, 17% dos pacientes deixam o hospital após não serem diagnosticados com a doença. “Quando entraram no pronto-socorro, os pacientes que apresentavam esse sintoma [e receberam o parecer médico equivocado] tiveram o AVC momentos depois”, destaca o texto.
Mulheres têm 20% a 30% mais chance de serem diagnosticadas erroneamente.