A mineira Emily Luiza Ferrete Fernandes, de 25 anos, foi brutalmente assassinada com dez facadas na frente do irmão dentro de casa em Belo Horizonte, no dia 5 de agosto. O acusado pelo crime é o ex-namorado da vítima, Thales Tomás do Vale, de 29 anos, que teve a prisão preventiva decretada pela juíza Lucimeire Rocha no último dia 7.
Thales tinha cidadania americana e morava nos Estados Unidos. Ultimamente, ele estava vivendo na Califórnia e também já morou em Massachusetts.
Segundo informações de pessoas próximas, Thales teria voltado para Minas Gerais há cerca de um mês e foi até a casa onde Emily morava. Ele a agrediu a facadas na frente do irmão, que tentou socorrê-la, mas também acabou ferido.
Em audiência de custódia realizada por videoconferência a juíza declarou que o acusado “tem personalidade violenta”. A magistrada ressaltou que Thales teve uma “progressão criminosa”, pois já havia ameaçado a vítima. “Sua liberdade coloca em risco real não só a ordem pública, mas também a instrução criminal, em especial, da segunda vítima (o irmão), que por pouco não perdeu sua vida nas mãos do autuado”.
Após o crime, a jovem foi socorrida e levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A médica que realizou o atendimento disse que Emily tinha perfurações no tórax, fêmur e nas costas.
Uma testemunha disse à polícia que o ex-casal compareceu a uma confraternização na capital mineira no dia 2 de agosto. Na ocasião, a vítima teria sido agredida e afirmou ter feito uma queixa-crime contra ele, que teria também divulgado fotos íntimas de Emily.
Quem era Emily?
Familiares e amigos da jovem assassinada esperam que a justiça seja feita. De acordo com reportagem do jornal Estado de Minas, a jovem era batalhadora e carinhosa.
Emily trabalhava em uma loja de artigos esportivos e sonhava montar seu próprio estúdio de tatuagem. “Ela estava começando a trabalhar com bodypiercing e fazia o curso de tatuagem”, conta João Victor Ferretti Silva, primo da jovem.
Emily morava com a mãe e dois irmãos mais novos. “Ela era espetacular. Uma menina estudiosa, trabalhadora, honesta. Sempre estava do lado dos irmãos, da mãe, do pai”, relata Márcio Giovani Ferretti, tio-avó e padrinho da jovem.
O relacionamento, que começou pela internet, é descrito por amigos e familiares como conturbado desde o início. “Ela se envolveu com a pessoa errada. Quando viu que não era uma pessoa de boa índole, foi tentar sair fora e deu nisso”, aponta o tio-avó de Emily.