Os próximos dias serão cruciais para o futuro político de Donald Trump. Isso por que o caso da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, chega a uma fase decisiva, com importantes depoimentos agendados. Tudo indica que o ex-presidente terá um caminho difícil pela frente com a presença de dois membros de sua equipe sendo sabatinados no Comitê Especial que analisa os fatos na Casa Legislativa dos Estados Unidos. A expectativa é por uma possível acusação criminal ao final dos trabalhos.
O comitê da Câmara intimou Pat Cippolone, advogado da Casa Branca e conselheiro do então presidente, a testemunhar à comissão nesta sexta-feira. Ele é considerado uma testemunha-chave e já havia falado ao comitê em uma entrevista a portas fechadas em 13 de abril. Agora, no entanto, a deposição será feita sob juramento.
Outro depoimento importante é o da ex-vice-secretária de imprensa da Casa Branca Sarah Matthews. Ela saiu em defesa de Cassidy Hutchinson, ex-assessora do alto escalão da chefia de Gabinete. Em declaração, Hutchinson descreveu que Trump parecia “desequilibrado e sem controle”, insistindo em se juntar aos invasores naquele dia fatídico.
As sessões do comitê são, normalmente, exibidas ao vivo nos principais canais da televisão norte-americana. Os índices de audiência, por sinal, são surpreendentes: uma das transmissões, em junho, cerca de 20 milhões pessoas estavam ligadas nos debates, segundo a agência Nielsen.