Uma mulher, um adolescente e uma criança -mãe e filhos- morreram durante um ataque de um morteiro russo à cidade de Irpin, que fica nas proximidades de Kiev, capital da Ucrânia. A cidade foi tomada pelas forças militares de Vladimir Putin e os moradores têm usado uma estrada aberta em um local onde uma ponte foi derrubada como rota de fuga. A família foi atingida na tarde deste domingo (6) enquanto tentava escapar da guerra. A fotógrafa Lynsey Addario, do jornal The New York Times, fotografou os corpos pelo chão, e as malas espalhadas pela rua. Até o momento não há informações sobre o pai.
O prefeito de Irpin, Oleksandr Markushyn, disse que dois morteiros, ou projéteis de artilharia, atingiram a região neste final de semana. Segundo Markushyn, oito civis foram mortos em todo o distrito. Uma câmera de segurança captou o momento em que aconteceu o que o ataque que matou a família. As imagens mostram um soldado ucraniano do lado de fora de um prédio em uma rua. De repente, acontece uma explosão seguida de um barulho ensurdecedor. Uma chuva de destroços começa a cair sobre o local que fica escurecido por uma grande nuvem de poeira. Quando a cena começa a clarear, um soldado é visto puxando uma pessoa ferida, enquanto outros correm para ajudar as vítimas em meio a latidos de cachorro.
Atenção! O vídeo abaixo contém imagens fortes.
Presidente da Ucrânia reage aos ataques a Irpin
Logo após receber a notícia do bombardeio com vítimas civis, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, postou um vídeo nas redes sociais em que disse que não irá perdoar os ataques . ” Não vamos perdoar. Centenas e centenas de vítimas. Milhares e milhares sofrendo. E Deus não perdoará. Nem hoje, nem amanhã, nunca. E, em vez de perdão, haverá um dia de julgamento”, falou o presidente.
Desde o início da Guerra que completa 11 dias nesta segunda-feira (7), 364 civis morreram e 759 ficaram feridos, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Filippo Grandi, alto comissário das ONU, disse ao The New York Times que o exílio forçado de 1,5 milhão de ucranianos representa “a crise de refugiados mais rápida na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”. Mais de um milhão de pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia para a Polônia desde o início dos ataques. Nesta segunda-feira (7), líderes dos dois países farão uma terceira rodada de reuniões para tentar um acordo de cessar fogo.