Um estudo desenvolvido pela Michigan State University (MSU) descobriu que um exame de sangue pode detectar o risco de pré-eclâmpsia, uma doença potencialmente mortal na gravidez. Os sintomas surgem nos 2° e 3° trimestres da gestação e se caracterizam, principalmente, pelo descontrole da pressão arterial. Se não forem tratados podem evoluir para a eclâmpsia que é o estágio mais avançado da enfermidade.
A professora da MSU, Claudia Holzman, uma das cientistas envolvidas no estudo, falou que centenas de amostras de sangue de mulheres no início da gravidez foram coletadas e tiveram os níveis de RNA das células monitorados. Através das alterações nos tecidos maternos e fetais, os cientistas puderam antecipar aquelas que são características da evolução da gravidez, e as que podem levar a um quadro de pré-eclâmpsia. Além disso, eles conseguiram determinar com precisão com quantas semanas irá ocorrer o parto. “Muitas vezes, a pré-eclâmpsia resulta em parto prematuro, o que tem suas próprias consequências”, alertou Holzman.
O exame, publicado na íntegra na revista científica Nature, ainda precisa passar por outras etapas de avaliação até chegar a aplicação clínica. Enquanto isso não acontece, a cientista recomenda que as grávidas se mantenham o mais saudável possível e façam o pré-natal. “A pré-eclâmpsia está se tornando mais prevalente porque que as pessoas estão ficando muito mais doentes”, concluiu a médica.