Menina paranense de três anos precisa de transplante que só e feito nos Estados Unidos
Francine com a mãe Rosemari de Andrade Schwendtner
Francine, de três anos moradora do estado do Paraná, sofre de síndrome do intestino curto e precisa de um transplante para sobreviver. O tratamento é muito caro, não é oferecido no Brasil e ela já espera há dois anos pelo transplante, sem o qual ela não pode viver fora do hospital. Sensibilizado com a história de Francine, o brasileiro diretor de transplante do Miami Transplant Institute, Rodrigo Vianna resolveu ajudar e se ofereceu para fazer a cirurgia gratuitamente. Vianna explica que a equipe médica será gratuita, entretanto, os gastos hospitalares não serão custeados.
“Vamos retirar todos os custos da equipe médica. Já fiz outros transplantes de brasileiros nos EUA e no que precisar estamos disponíveis”, disse o especialista curitibano que já realizou mais de 200 transplantes intestinais e multiviscerais nos últimos oito anos.
Rodrigo Vianna afirma que, caso Francine consiga fazer a viagem e o transplante, ela tem boas chances de ter uma vida normal. “A sobrevida desses pacientes é de até 90% depois de um ano e de 75% depois de cinco anos. O primeiro paciente que transplantei há dez anos hoje leva uma vida normal e joga futebol no time da escola”, conta.
Segundo o site de notícias G1, o médico responsável pelo caso no Brasil, Miguel Agulhan, entrou com um pedido junto ao Ministério Publico do Paraná para garantir que o governo assuma os custos do transplante, mas ainda não obteve resposta. O médico afirma que está correndo contra o tempo já que há risco de morte.
“Primeiro porque ela é muito pequena e segundo porque não existem experiências no país sobre esse tipo de transplante com ascensão”.
O custo para a realização do procedimento é alto, segundo Agulhan, e a família não tem condições financeiras para bancar a viagem.
O advogado da Comissão da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Martin Palma afirma que o direito à saúde é um dever do estado. “É um direito de todo cidadão. Já sabemos que há um tratamento em Miami que consegue realizar o procedimento e vamos buscar no Judiciário com todas as nossas armas para que o caso seja deferido”.
Historia de luta
A mãe de Francine, Rosemari de Andrade Schwendtner, não vê a hora de arrumar as malas para ter a filha saudável e em casa de novo. Ela vive há dois anos a rotina diária de todos os dias ir para o Hospital das Clínicas de Curitiba. Francine teve o instestino retirado quase que na totalidade devido a um tumor aos oito meses de vida. “Ela teve muitas infecções e moramos aqui sem condições, com esgoto a céu aberto. Meu sonho é construir uma casa e trazer minha filha de volta”, relata a mãe.