O jornal Estado de S. Paulo traz em sua edição desta quinta-feira (15) a denúncia de que parte do dinheiro pago à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) referente aos amistosos da Seleção Brasileira nunca chegou ao Brasil. O dinheiro era desviado para os Estados Unidos e caía em contas em nome do presidente do Barcelona, Sandro Rosell.
Segundo a publicação, que assegura ter os documentos exclusivos, a ISE, empresa responsável por organizar os amistosos da Seleção, recebia cerca de $1.6 milhão como lucro de cada partida. Deste montante, porém, apenas $1.1 milhão era repassado à CBF. O restante, cerca de $500 mil, não era contabilizado. Os documentos mostram que pelo menos $450 mil foram parar em contas de uma empresa de propriedade de Sandro Rosell.
Outro documentos, referente à realização de outros 24 amistosos, mostrava o pagamento de quase $11 milhões para a mesma empresa dos Estados Unidos. Novamente o valor desviado foi de aproximadamente $450 mil por cada partida.
Sandro Rosell mantinha amizade com o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Os dois fecharam vários acordos comerciais quando o atual dirigente do Barça representava a Nike no Brasil. O espanhol chegou a ser investigado por irregularidades na organização do amistoso da Seleção com Portugal realizado em 2008, em Brasília.
E a Seleção Brasileira não foi bem em seu primeiro amistoso internacional depois da conquista da Copa das Confederações no Brasil. A equipe foi derrotada pela Suíça, na Basiléia, nesta quarta-feira (14), por 1 a 0, com um gol contra anotado pelo lateral Daniel Alves, ironicamente jogador do Barcelona.