Investigação sobre denúncia no Haiti concluiu que nada poderia ser provado
NAÇÕES UNIDAS
A Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou que mantém uma política estrita de “tolerância zero” nos casos de abusos sexuais por capacetes azuis que participam de missões de paz da entidade em vários países.
O porta-voz da ONU, Stehpane Dujarric, reconheceu que é difícil para a instituição controlar os milhares de soldados que participam de suas forças de paz e que os governos de onde procedem os capacetes azuis devem adotar as medidas necessárias.
Esta foi a resposta à informação divulgada pela cadeia britânica BBC, na qual se afirmava que entre os homens nas missões de paz da ONU no Haiti e na Libéria haviam alguns soldados que mantêm relações sexuais com menores em troca de alimentos e dinheiro.
A BBC divulgou uma entrevista com uma menina haitiana de 11 anos que denuncia ter sido abusada sexualmente por capacetes azuis. Já Dujarric afirmou que a “ONU leva muito a sério estas denúncias e que logo após que acontecem realiza uma investigação exaustiva”.
No caso da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), disse que a denúncia foi feita em novembro de 2004 e, que após a investigação, se concluiu que o caso não podia ser provado.
No caso da Libéria, a BBC expôs o caso de uma menina de 15 anos que disse ter sido atacada por um oficial da força de paz (UNMIL) no dia 15 de novembro. “A Missão da ONU neste país informou que não recebeu nenhuma denúncia nos últimos meses sobre abusos sexuais a menores”, declarou Dujarric.