Desde segunda-feira (6), quando o governo dos Estados Unidos reativou o programa Migrant Protection Protocol (MPP), conhecido como ‘Fique no México’, mais de 1.300 migrantes se reuniram na fronteira mexicana com o Arizona, na área de Yuma, e o número parece aumentar, o que preocupa as autoridades locais.
De acordo com Jonathan Lines, membro do Conselho de Supervisores do Condado de Yuma, citado pela agência de notícias EFE, os agentes da Patrulha de Fronteira detectaram a presença maciça de migrantes do lado mexicano nas proximidades do Rio Colorado.
Lines indicou que desde quinta-feira passada (2) pelo menos 5.000 migrantes tentaram cruzar a fronteira, e considera que este aumento se deve ao restabelecimento da política MPP do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) e agora reativada por Biden após uma ordem judicial, que obriga os requerentes de asilo a esperar no México enquanto seus casos são resolvidos nos tribunais dos Estados Unidos.
Depois de visitar a área, Lines disse que imigrantes do Brasil, Cuba, Venezuela e Índia foram encontrados sentados perto do muro da fronteira esperando para serem processados. Entre eles estavam homens, mulheres e crianças, bem como mulheres grávidas prestes a dar à luz.
O asilo é um benefício de imigração legal disponível, autorizado pelo Congresso, mas fortemente regulamentado pelo governo anterior.
Governador do Arizona pede ajuda
O governador do Arizona, Doug Ducey, pediu ao governo do presidente Biden que tome mais medidas para proteger a fronteira. “Precisamos da força do governo federal para protegê-la”, disse Ducey aos repórteres. “Esse é o trabalho deles. Pedimos ao governo para fazer isso.”
Enquanto Ducey e as autoridades locais falavam em um púlpito na fronteira perto de Yuma, pessoas foram vistas entrando em solo americano através de uma lacuna na cerca da fronteira, de acordo com um vídeo postado no Twitter por um repórter da televisão KPNX.
O governador republicano culpou o governo pela implementação gradual da política “Fique no México”. Na opinião dele, sua eliminação fez com que os imigrantes corressem para outras partes da fronteira e cruzassem para os Estados Unidos antes de segunda-feira (6).