O mercado farmacêutico oferece vários métodos de controle da natalidade de longo prazo ou permanente para as mulheres em idade fértil. No entanto, lembra o médico Daniel Levin, “nenhum método de controle da natalidade é perfeito e cada mulher deve pesar as vantagens e as desvantagens de cada método e decidir qual é o melhor para ela”. Ele alerta para os efeitos colaterais e dá uma dica. “O melhor método é aquele que ela usará consistentemente”, lembra.
Os métodos permanentes, lembra o médico, são os melhores para mulheres que não querem engravidar num futuro próximo (ou nunca mais). Estes métodos funcionam bem, sobretudo porque a mulher não tem de se preocupar em tomar pílulas diariamente, de maneira regular.
Ele lembra que pode ser difícil decidir qual método de controle da natalidade é o melhor, devido ao excesso de opções disponíveis no mercado. Para ajudar, Levins dá algumas dicas para as mulheres escolherem a melhor opção, como por exemplo saber de início se é necessário lembrar de algo para usar o remédio, quanto tempo funciona, listar efeitos colaterais e se o método escolhido protege contra infecções sexualmente transmissíveis.
Em alguns métodos, como o DIU (Dispositivo Intrauterino), é necessário a ajuda de um médico. Esse método consiste de um aparelho feito de plástico moldado que tem um cordão que não se estende para fora do corpo é introduzido através da vagina e da cerviz, dentro do útero. O DIU que contém cobre evita a gravidez, mas algumas mulheres que usam esse opção têm menstruações mais fortes e mais longas, segundo Levins.
Outra opção de DIU, o liberador de levonorgestrel evita a gravidez, diminui o sangramento menstrual e a dor. No entanto, duram entre três a cinco anos, bem menos que o de cobre, com duração estimada de 10 anos. O DIU também é uma boa opção para as mulheres que não querem ou não podem usar estrogênio. “Esse método tem relativamente poucos efeitos colaterais, e são reversíveis. Se você decide querer engravidar, você pode fazê-lo apenas removendo o DIU”, lembrou o médico que também cita alguns riscos, como o de o aparelho sair durante a menstruação, e da mulher desenvolver uma infecção depois da colocar o aparelho.
As mulheres também têm a alternativa de fazer um implante para controle da natalidade. Nesse caso, explica Levins, a opção mais comum no mercado é o implante de progesterona de haste única. Um pequeno dispositivo sob a pele na parte interna superior do braço. Ele funciona por até três anos, e pode ser removido a qualquer momento. “O implante protege contra a gravidez 24 horas depois da inserção. Sangramento irregular é o efeito colateral mais incômodo”, lembra.
A última e definitiva opção, explica o médico, é a esterilização. A ligação das trompas e a vasectomia são os dois procedimentos mais comuns de esterilização. “Nos dois casos, a opção é quase irreversível e precisa ser avaliada depois de uma cuidadosa discussão de todas as opções disponíveis”, alerta Levins.