Não haverá mais apresentações da Orquestra Sinfônica Brasileira neste ano. Com um déficit de R$ 15,5 milhões no orçamento anual –dos quais, segundo a “Folha de S.Paulo”, R$ 5 milhões configuram uma dívida do ano anterior–, a instituição (a mais importante dedicada à música clássica no Brasil) suspendeu o restante de sua temporada de 2016 (num total de 12 concertos) e suas ações socioeducativas, e tenta entrar em um acordo com músicos e funcionários.
Em uma carta aberta publicada no site da orquestra na semana passada, os conselheiros da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira alegaram que o total arrecadado junto a empresas privadas caiu para menos da metade, havendo uma redução de R$ 16 milhões na captação entre mantenedores, patrocinadores e apoiadores.
A fundação alega ter reduzido suas despesas em mais de 35% nos últimos quatro anos, passando de R$ 40 milhões para R$ 26 milhões por meio de ajustes em sua programação e redução de seus quadros de músicos e administradores. No entanto, o orçamento disponível, cerca de R$ 15 milhões, não seria suficiente para cobrir os custos fixos, que, de acordo com a instituição, ultrapassam R$ 22 milhões.