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Serviços de transporte dos aplicativos Uber e Lyft são aprovados em Broward

Defensores dos aplicativos reclamam que restrições tornam o trabalho inviável e ameaçam deixar o condado

Serviços de transporte dos aplicativos Uber e Lyft são aprovados em Broward

DA REDAÇÃO (com SunSentinel) – Os aplicativos Uber e Lyft, que conectam motoristas em seus próprios carros e usuários em busca de transporte, foram aprovados no Condado de Broward com diversas ressalvas que desagradaram os proprietários das empresas. Os vereadores (comissioners em inglês) legalizaram o serviço na última terça-feira (28). Os condados de Palm Beach e Miami Dade também estão trabalhando na regulamentação do serviço.

Cada motorista que trabalhar para os aplicativos terá que registrar seu veículo no condado, registrar suas impressões digitais, checar antecedentes criminais, além de cumprir todas as exigências que já são impostas a motoristas de carros particulares e comerciais.
“Estamos desapontados com as decisões que foram tomadas hoje. Nós não podemos operar em Broward com todas essas exigências”, disse o gerente geral do Uber na Flórida, Kasra Moshkani. O porta-voz da empresa, Bill Gibbons, disse em comunicado que o Uber não poderá seguir a nova lei.

Um dos vereadores de Broward, Stacy Ritter, discorda dos dirigentes do Uber. “Se o Uber deixar de operar em Broward será uma decisão deles. Nós fizemos algumas exigências para defender o usuário do serviço. Se uma empresa que vale $40 bilhões não puder gastar alguns dólares para regulamentar o serviço, realmente é uma vergonha para eles”, disse Ritter.

A expectativa do Uber era que os legisladores retirassem a exigência de checagem de antecedentes criminais e o registro de cada motorista, mas não conseguiram.

Robert Bonner, proprietário de uma companhia de táxis, disse que apoia a regulamentação. “Quando a pessoa contrata um serviço de transporte, ela espera que seja seguro. Todas essas exigências são necessárias”, disse.

O debate sobre a regulamentação desses aplicativos já dura dois meses, com diversos protestos de taxistas que se apavoraram diante da concorrência. Entre os argumentos dos usuários do Uber, estão as más condições dos táxis na região. Eles reclamam que os motoristas não falam inglês, têm carros velhos com ar-condicionado quebrado, não têm máquina de cartão de crédito e, muitas vezes, são mal-educados.

Em São Paulo o serviço foi proibido
A Justiça de São Paulo concedeu liminar em favor do sindicato de taxistas do estado determinando a suspensão das atividades do aplicativo Uber no Brasil sob pena de multa diária de R$ 100 mil. A liminar determina também que o Uber suspenda suas atividades na cidade de São Paulo. A multa é limitada, por hora, a R$ 5 milhões. Procurado no Brasil, o Uber não pôde comentar o assunto de imediato.

A decisão, proferida pelo juiz Roberto Luiz Corcioli Filho, da 12a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo na terça-feira, determina ainda que Google, Apple, Microsoft e Samsung deixem de fornecer o aplicativo em suas lojas online e que “suspendam remotamente os aplicativos Uber dos usuários que já o possuam instalado em seus aparelhos celulares”.

A liminar veio depois que taxistas de várias cidades do país fizeram uma grande manifestação no início deste mês.
Na ocasião, a empresa americana afirmou que “os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades”.

“O Uber ressalta ainda que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma tecnológica que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras e eficientes”, disse a companhia por ocasião dos protestos.

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