Enquanto isso, em Murrieta (CA), os moradores continuam a barrar os ônibus que tentam se aproximar do centro de triagem criado às pressas na cidade para abrigar as crianças e mães indocumentadas. Desde o dia 1° de julho, três ônibus foram barrados. Os manifestantes ganharam opositores que tentam mostrar apoio aos indocumentados, mas por enquanto a polícia tem conseguido manter os dois grupos à parte e os imigrantes são enviados para o centro de triagem de San Ysidro (CA), fronteira com México.
Nem mesmo a onda de telefonemas anônimos ameaçando a segurança de quem trabalha na prefeitura da cidade abalou o grupo a sair da rodovia. O efeito foi justamente ao contrário, a repercussão do caso deu força a outros municípios a fazerem o mesmo.
League City e Galveston, cidades no Texas, aprovaram esta semana decreto municipal (com grande maioria dos votos) que barra a utilização de áreas e ou prédios públicos como abrigos temporários para as crianças e mulheres que atravessaram a fronteira nos últimos nove meses.
“Nós não podemos cuidar de nós mesmos. Nós temos americanos veteranos de guerra desamparados, nas ruas”, disse uma moradora durante audiência pública em League City onde o decreto passou por 6 votos a 2.
O membro do conselho municipal, Heidi Thiess, que propôs o decreto, disse que o governo tem agido pelas costas do povo americano ao procurar abrigos para todos as crianças indocumentadas. “Eles não estão pedindo a opinião de ninguém”, reclamou.
O governo tem buscado novas instalações para abrigar as crianças, principalmente nas cidades fronteiras com o México, na faixa que vai do Texas à California. Os prédios militares estão superlotados.
Como League City, Galveston também aprovou decreto municipal na terça-feira (8) contrário a transferência de imigrantes indocumentados para a cidade. “Se nós não reclamarmos, quem vai?”, disse o vereador da cidade, kenneth Clark.
