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Imigrantes saltam de barco e “invadem” sessão de fotos em Miami

Cinegrafista estava filmando modelo em praia quando registrou a chegada dos indocumentados à costa da Flórida

DA REDAÇÃO (com New Times) – Uma cena inusitada pegou de surpresa modelos e fotógrafos que estavam trabalhando numa praia de Miami (altura da 36 Street) na manhã do dia 10 de julho quando imigrantes indocumentados pularam do barco e chegaram à praia. A notícia foi veiculada neste final de semana.

A cinegrafista Ekaterina Juskowski filmou nove imigrantes correndo rumo à areia quando gravava um vídeo de uma modelo às 6 horas da manhã, segundo o jornal New Times Broward Palm Beach.

A princípio, ela viu o barco se aproximando do litoral, mas pensou que a embarcação estivesse transportando somente mergulhadores, então, Ekaterina desligou sua câmera. Ela ligou o equipamento novamente quando viu que os indivíduos pularam do barco, deixando-o para trás enquanto corriam rumo à areia.

“Essa é a prova de que esse tipo de crime está crescendo; o que nós chamamos de organizações criminosas transnacionais, que traficam criminosos e drogas na praia”, disse o porta-voz da Patrulha da Fronteira, Frank Miller, ao New Times. A polícia não tem informações sobre a origem desses imigrantes e nem para onde foram.

“A imigração ilegal pela costa na Flórida tem aumentado, desde Key West ao longo de todo o litoral, desde o ano fiscal de 2014 até agora”, acrescentou.

A cinegrafista que gravou as imagens, que imigrou da Rússia aos 18 anos, disse que o incidente fez com que “o seu sacrifício pessoal parecesse pequeno”. “Por mais controverso que o problema da imigração ilegal possa ser para muitos de nós, é importante lembrar que as pessoas chegam aqui em busca de uma vida melhor e isso custa um preço muito alto de coragem, trabalho duro e solidão”, concluiu ela.

De acordo com a Guarda Costeira, houve 3.587 apreensões de imigrantes na costa da Flórida em 2014 e, até maio deste ano, 1272 pessoas presas. A maior parte das apreensões é de cubanos, seguidos por haitianos, dominicanos e mexicanos.

Frank Miller disse que é impossível para a Guarda Costeira monitorar todo o litoral da Flórida, mas que há um esforço conjunto para intensificar essas buscas.

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